Participantes indígenas destacam importância da FLIMT

sábado, 24 de outubro de 2015
Fonte: Dani Cunha/Assessoria FLIMT 2015
Fotos: Edson Rodrigues

Várias etnias de estados brasileiros se encontraram na Feira do Livro Indígena de Mato Grosso ( FLIMT 2015), de 21 a 23 de outubro, no Centro Cultural da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Além deles, o coordenador da Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca (DLLLB), do Ministério da Cultura, Volnei Canonica também estava presente e participou de uma das mesas de debate sobre o diálogo entre as políticas culturais e povos indígenas. Esta foi uma oportunidade  onde todos puderam  trocar experiência e difundir ainda mais a cultura desse povo.


Edson Maia, um grande pesquisador indígena, que veio do Amazonas para participar da FLIMT ressaltou que o caminho que fizeram até a feira já implica necessariamente a importância que ela tem. "Não viríamos aqui  se não fosse importante para nós. A FLIMT é importante porque conjuga pensamentos, coloca em evidência pensamentos diversificados de diversas etnias, mas que tem  um valor fundamental na construção e reconstrução da ancestralidade dos conhecimentos tradicionais, da visão cosmológica que nós temos, do nosso modo vivente. A feira é um ponto onde você discute, conhece, reflete e se você veio de bolsa vazia, você leva uma bagagem espiritual muito grande. A importância da feira está nesse  compartilhar de conhecimentos e evidentemente fortalecê-los cada vez mais".

Também do Amazonas, o escritor e expositor de artesanato, Jaime Diakara, conta que é a primeira  vez que participa da Feira e considera de suma importância contribuir, dialogar e fortalecer a cultura indígena em nível nacional. "Para mim, foi um prazer ser recebido por todos. Eu trouxe alguns trabalhos que publiquei, algumas atividades de artesanatos, por isso quero agradecer  a coordenação que depositaram confiança em mim e no meu trabalho".


Um dos palestrantes da FLIMT, Denilson Baniwa, que também é repórter da primeira rádio web indígena do Brasil, a Rádio Yandê, falou durante os debates sobre seu trabalho como ilustrador e comunicador. Denilson, que também veio do Amazonas e vive atualmente no Rio de Janeiro, disse que a FLIMT foi importante, primeiro para mostrar que  indígenas e não indígenas estão publicando materiais de literatura falando sobre o tema indígena de cultura, de identidade. "Os debates estão sendo bem interessantes e as pessoas estão perguntando bastante, o que mostra que há interesse no tema, isso é bem legal e através da rádio estou fazendo a cobertura e gravando entrevistas para divulgar um pouco da cultura indígena no Brasil".







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